DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2014 - SEXTA-FEIRA - 10-01-2014
PORQUE, NÃO MANTEVE A BOCA FECHADA.
Esse
manifesto do General me fez lavar a ALMA logo cedo, meu muito obrigado
por suas sabias palavras,espero que seja amplamente divulgado em todas
as redes sociais,para que os mais novos tirem os tapo olho da ignorância
dos fatos reais....Acorda Brasil
PARA
Jornalista Miriam Leitão:RESPOSTA DO GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO
EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO À MIRIAM LEITÃO A verdade
sufocada À Senhora Jornalista Miriam
Leitão Li o seu artigo "ENQUANTO ISSO", com todo cuidado possível.
Senti, em suas linhas, que a senhora procura mostrar que os MILITARES
BRASILEIROS de HOJE, são bem diferentes dos MILITARES BRASILEIROS de
ONTEM. Penso que esse é o ponto central de sua tese. Para criar
credibilidade nas suas afirmativas, a senhora escreveu: "houve um tempo
em que a interpretação dos militares brasileiros sobre LEI E ORDEM era
rasgar as leis e ferir a ordem. Hoje em dia, eles demonstram com
convicção terem aprendido o que não podem fazer". Permita-me discordar
dessa afirmativa de vez que vejo nela uma injustiça, pois fiz parte dos
MILITARES DE ONTEM e nunca vi os meus camaradas militares rasgarem leis e
ferir a ordem. Nem ontem nem hoje. Vou demonstrar a minha tese. No
Império, as LEIS E A ORDEM foram rasgadas no Pará, Ceará, Minas, Rio,
São Paulo e Rio Grande do Sul pelas paixões políticas da época. AS LEIS E
A ORDEM foram restabelecidas pelo Grande Pacificador do Império, um
Militar de Ontem, o Duque de Caxias, que com sua ação manteve a Unidade
Nacional. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Pelo contrário. Vem a
queda do Império e a República. Pelo que sei, e a História registra,
foram políticos que acabaram envolvendo os velhos Marechais Deodoro e
Floriano nas lides políticas. A política dos governadores criando as
oligarquias regionais, não foi obra dos Militares de Ontem, quando as
leis e a ordem foram rasgadas e feridas pelos donos do Poder, razão
maior das revoltas dos tenentes da década de 20, que sonhavam com um
Brasil mais democrático e justo. Os Militares de Ontem ficaram ao lado
da lei e da Ordem. Lembro à nobre jornalista que foram os civis
políticos que fizeram a revolução de 30, apoiados, contudo, pelos
tenentes revolucionários, menos Prestes, que abraçou o comunismo russo.
Veio a época getuliana, que, aos poucos, foi afastando os tenentes das
decisões políticas. A revolução Paulista não foi feita pelos Militares
de Ontem e sim pelos políticos paulistas que não aceitavam a ditadura de
Vargas. Não foram os Militares de Ontem que fizeram a revolução de 35
(senão alguns, levados por civis a se converterem para a ideologia
vermelha, mas logo combatidos e derrotados pelos verdadeiros Militares
de Ontem); nem fizeram a revolta de 38; nem deram o golpe de 37. Penso
que a senhora, dentro de seu espírito de justiça, há de concordar comigo
que foram as velhas raposas GETÚLIO - CHICO CAMPOS - OSWALDO ARANHA e
os chefetes que estavam nos governos dos Estados, que aceitaram o golpe
de 37. Não coloque a culpa nos Militares de Ontem. Veio a segunda guerra
mundial. O Nazismo e o Fascismo tentam dominar o mundo. Assistimos ao
primeiro choque da hipocrisia da esquerda. A senhora deve ter lido -
pois àquela época não seria nascida -, sobre o acordo da Alemanha e a
URSS para dividirem a pobre Polônia e os sindicatos comunistas do mundo
ocidental fazendo greves contra os seus próprios países a favor da
Alemanha por imposição da URSS e a mudança de posição quando a "Santa
URSS" foi invadida por Hitler. O Brasil ficou em cima de muro até que
nossos navios (35) foram afundados. Era a guerra, a FEB e seu término.
Getúlio - o ditador - caiu e vieram as eleições. As Forças Armadas foram
chamadas a intervir para evitar o pior. Foram os políticos que
pressionaram os Militares de Ontem para manter a ordem. Não rasgamos as
leis nem ferimos a ordem. Chamou-se o Presidente do Supremo Tribunal
Federal para, como Presidente, governar a transição. Não se impôs
MILITAR algum. O mundo dividiu-se em dois. O lado democrático, chamado
pelos comunistas de imperialistas, e o lado comunista com as suas
ditaduras cruéis e seus celebres julgamentos "democráticos". Prefiro o
primeiro e tenho certeza de que a senhora, também. No lado ocidental não
se tinham os GULAGs. O período Dutra (ESCOLHIDO PELOS CIVIS E ELEITO
PELO VOTO DIRETO DO POVO) teve seus erros - NUNCA CONTRA A LEI E A ORDEM
- e virtudes como toda obra humana. A colocação do Partido Comunista na
ilegalidade foi uma obra do Congresso Nacional por inabilidade do
próprio Carlos Prestes, que declarou ficar ao lado da URSS e não do
Brasil em caso de guerra entre os dois países. Dutra vivia com o
"livrinho" (a Constituição) na mão, pois os políticos, nas suas
ambições, queriam intervenções em alguns Estados, inclusive em São
Paulo. A senhora deve ter lido isso, pois há vasta literatura sobre a
História daqueles idos. Novo período de Getúlio Vargas. Ele já não tinha
mais o vigor dos anos trinta. Quem leu CHATÔ, SAMUEL WEINER (a senhora
leu?) sente que os falsos amigos de Getúlio o levaram à desgraça, eles
eram políticos. Os Militares de Ontem não se envolveram no caso, senão
para investigar os crimes que vinham sendo cometidos sem apuração pela
Polícia; nem rasgaram leis nem feriram a ordem. Eram os políticos que se
degladiavam e procuravam nos colocar como fiéis da balança. O seu
suicídio foi uma tragédia nacional, mas não foram os Militares de Ontem
os responsáveis pela grande desgraça, sabe bem disso! A senhora
permita-me ir resumindo para não ficar longo. Veio Juscelino e as Forças
Armadas garantiram a posse, mesmo com pequenas divergências. Mais uma
vez eram os políticos que queriam rasgar as leis e ferir a ordem e não
os Militares de Ontem. Nessa época, há o segundo grande choque da
esquerda. No XX Congresso do Partido Comunista da URSS (1956) Kruchov
coloca a nu a desgraça do stalinismo na URSS. Os intelectuais
esquerdistas ficam sem rumo. Juscelino chega ao fim e seu candidato
perde para o senhor Jânio Quadros, a Esperança da vassoura, Desastre
total. Não foram os Militares de Ontem que rasgaram a lei e feriram a
ordem. Quem declarou vago o cargo de Presidente foi o Congresso
Nacional. A Nação ficou ao Deus dará. Ameaça de guerra civil e os
políticos tocando fogo no País e as Forças Armadas divididas pelas
paixões políticas, disseminadas pelas "vivandeiras dos quartéis" como
muito bem alcunhou Castello. Parlamentarismo, volta ao presidencialismo,
aumento das paixões políticas, Prestes indo até Moscou afirmando que já
estavam no governo, faltando-lhes apenas o Poder. Os militares calados e
o chefe do Estado Maior do Exército (Castello) recomendando que a
cadeia de comando deveria ser mantida de qualquer maneira. A
indisciplina chegando e incentivada dentro dos Quartéis, não pelos
Militares de Ontem e sim pelos políticos de esquerda; e as vivandeiras
tentando colocar o Exército na luta política. Revoltas de Polícias
Militares, revolta de sargentos em Brasília, indisciplina na Marinha,
comícios da Central e do Automóvel Clube representavam a desordem e o
caos contra a LEI e a ORDEM. Lacerda, Ademar de Barros, Magalhães Pinto e
outros governadores e políticos (todos civis)incentivavam o povo à
revolta. As marchas com Deus, pela Família e pela Liberdade (promovidas
por mulheres) representavam a angústia do País. Todo esse clima não foi
produzido pelos MILITARES DE ONTEM. Eles, contudo, sempre à escuta dos
apelos do povo, pois ELES são o povo em armas, para garantir as Leis e a
Ordem. Minas desce. Liderança primeira de civil; a era Magalhães Pinto.
Era a contra-revolução que se impunha para evitar que o Brasil
soçobrasse ao comunismo. O governador Miguel Arraes declarava em Recife,
nas vésperas de 31 de março: haverá golpe, só não sabemos se deles ou
nosso. Não vamos ser hipócritas, a senhora, inteligente como é, deve ter
lido muitos livros que reportam a luta política daquela época
(exemplos: A Revolução Impossível de Luis Mir - Combates nas Trevas de
Jacob Gorender - Camaradas de William Waack - etc) sabe que a esquerda
desejava implantar uma ditadura de esquerda. Quem afirma é Jacob
Gorender. Diz ele no seu livro: "a luta armada começou a ser tentada
pela esquerda em 1965 e desfechada em definitiva a partir de 1968". Não
há, em nenhuma parte do mundo, luta armada em que se vão plantar rosas e
é por essa razão que GORENDER afirma: "se quiser compreendê-la na
perspectiva da sua história, A ESQUERDA deve assumir a violência que
praticou". Violência gera violência e os políticos sempre jogam a
responsabilidade em manter a ordem aos militares. Afinal eles levaram a
desordem. Castello, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo com
seus erros e virtudes desenvolveram o País. Não vamos perder tempo com
isso. A senhora é uma economista e sabe bem disso. Veio a ANISTIA e João
Figueiredo dando murro na mesa e clamando que era para todos, pois
Ulisses Guimarães não desejando que Brizolla, Arraes e outros pudessem
tomar parte no novo processo eleitoral, para não lhe disputarem as
chances de Poder. João bateu o pé e todos tiveram direito, pois "lugar
de Brasileiro é no Brasil", como dizia. Não esquecer o terceiro choque
sofrido pela a esquerda: Queda do Muro de Berlim, que até hoje a nossa
esquerda não sabe desse fato histórico. DIRETAS JÁ! Sarney, Collor com
seu desastre, Itamar, FHC, LULA e chegamos aos dias atuais. Os Militares
de Hoje, silentes, que não são responsáveis pelas desgraças que vivemos
agora, mas sempre aguardando a voz do Povo. Não houve no passado, nem
há, nos dias de hoje, nenhum militar metido em roubo, compra de voto,
CPI, dólar em cueca, mensalões ou mensalinhos. Não há nenhum Delúbio, Zé
Dirceu, José Genoíno, e que tais. A corrupção e a desordem estão
ficando acima da lei e da ordem! O que já se ouve, passamos a escutar, é
o povo dizendo: SÓ OS MILITARES PODERÃO SALVAR A NAÇÃO. Pois àquela
época da "ditadura" era que se era feliz e não se sabia... Certo,
houveram excessos contra os civis. Então me diga: Como controlar o que o
país vivia naquela época? Com vários grupos, uns querendo o comunismo,
outro o socialismo, outro o presidencialismo e a maioria a democracia.
Se chegaria a um concenso na conversa? Existia controle social para tal?
Mas os Militares de Hoje, como os de Ontem, não querem ditadura, pois
são formados democratas. E irão garantir a Lei e a Ordem, sempre que
preciso. Os militares não irão às ruas sem o povo ao seu lado. OS
MILITARES DE HOJE SÃO OS MESMOS QUE OS MILITARES DE ONTEM. A nossa
desgraça é que políticos de hoje (olhe os PICARETAS do Lula!) - as
exceções justificando a regra - são ainda piores do que os de ontem.
Estamos sem ética e sem moral, estão esquecendo os bons princípios e
mais, os políticos são despudorados. O Brasil vem sofrendo, não por
conta dos MILITARES, mas de ALGUNS POLÍTICOS - uma corja de canalhas,
que rasgam as leis e criam as desordens, desrespeitam a todos e só
pensam na sobrevivência política, independente do preço a ser pago pelo
povo! Como sei que a senhora é uma democrata, espero que publique esta
carta no local onde a senhora escreve os seus artigos, que os leio
atenta e religiosamente, como se fossem uma Bíblia. Perfeitos no campo
econômico, mas não muitos católicos ou evangélicos no campo político por
uma razão muito simples: quando parece que a senhora tem o vírus de uma
reacionária de esquerda. Atenciosa e respeitosamente, GENERAL DE
DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO 12 de
março de 2012
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